Foto: Renan Mattos (Diário)
Depois do acordo de reajuste dos salários, ATU vai revisar valor da tarifa de ônibus
Representantes das empresas de transporte coletivo e do Sindicato dos Trabalhadores e Condutores de Veículos Rodoviários (Sitracover) se reuniram na manhã desta sexta-feira, mas não chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial pedido pela categoria. Sem a definição, a prefeitura não consegue concluir a revisão da planilha de custos das empresas de ônibus, protocolada pela Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) no dia 28 de janeiro. É com base nesta planilha que se calcula o reajuste da passagem de ônibus em Santa Maria.
O presidente do Sitracover, Rogério Santos, diz que a categoria apresentou a contraproposta de reajuste de 4% para os salários e aumento do ticket alimentação de R$ 180 para R$ 200. Ele conta que a ATU retirou a proposta de escalonamento de salários, o que reduziria os vencimentos dos motoristas de forma a serem reajustados por tempo de trabalho. Além disso, Santos diz que também foi retirada a possibilidade de extinção do cargo de cobrador, que chegou a ser cogitada.
Conforme o presidente do sindicato, a ATU apresentou uma proposta de reajuste salarial com base no acumulado de 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até janeiro deste ano: 3,5681%. Este percentual seria usado para reajustar também o ticket alimentação da categoria, que atualmente é de R$ 180, o que aumentaria o benefício em R$ 3,50, valor considerado irrisório pela categoria.
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Além disso, os novos valores de salários e tickets seriam pagos parcelados, retroativo a 1º de fevereiro, depois do reajuste da passagem de ônibus, conforme o presidente do Sitracover.
Sem acordo entre as partes, uma nova reunião ficou marcada para a próxima quinta-feira. Santos diz que este encontro será às 9h, já o diretor de Assuntos de Comunicação da ATU, Edmilson Gabardo, confirma que a reunião será à tarde.
Gabardo confirma a retirada da proposta de escalonamento de salário, mas diz que a extinção do cargo de cobrador "vai ocorrer como uma evolução natural". Porém, diretor da ATU dia não saber quando os cobradores começarão a serem retirados dos ônibus.
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Sobre o reajuste da tarifa do transporte coletivo, Gabardo diz que é uma necessidade.:
_ Sem reajuste da passagem não tem reajuste dos salários _ afirma.
O diretor da ATU diz que será preciso esperar se a categoria vai aceitar a nova proposta, ou apresentar outra contraproposta para terminar a negociação do reajuste salarial e, assim, dar continuidade à revisão da planilha de custos das empresas de transporte coletivo. A folha de pagamento dos funcionários compõe 55% dos gastos das empresas, de acordo com Gabardo.